Caminhar
nunca foi fácil.
No
inicio a largada é sempre festiva.
Várias
mãos apertam a sua.
Vários
sorrisos se juntam ao seu.
Daí,
você se vê pleno, cheio de tudo que lhe completa e dá força para começar.
Você
anda.
Corre,
cheio de fôlego, de esperança.
Tempos
depois, os sorrisos já não lhe fazem ganhar energia.
São
poucos que ainda te acompanham no torneio. E você sabe como isso magoa.
Saber
controlar as emoções e driblar tais contratempos se tornou parte mais
importante do jogo, mais até que ganhar o campeonato.
Sobreviver
é o troféu.
Às
vezes é preciso se afastar. Então você se afasta.
É preciso jogar água na fogueira, para não
atrair os predadores de alma.
Bater
a poeira da perna e continuar a caminhada, mesmo que sozinha.
Caminhar...
Depois
de muitos quilômetros, quando chegar o momento de pedir água, parar de correr.
Deixar
a mochila no canto e se hidratar de tudo que te dá ânimo.
Nem
sempre os postos de ajuda são recheados de compassivos.
Muitas
vezes, somente em uma mão que encontraremos o apoio para terminar a escalada.
Saber
conhecer essa mão é, sobretudo, reconhecer no outro aquela chama que te fez
iniciar o trajeto.
E
no fim de tudo, quando avistar a bandeira no alto, dançando ao vento sudoeste.
No
fim de tudo, quando a chuva lhe recepcionar na chegada, com um beijo gelado de
amor.
E
no fim de tudo, quando terminar sua jornada e alcançar seu objetivo, saberá a
quem agradecer.
Saberá
a quem abraçar.
Saberá
dividir os louros da vitória, e toda jornada terá valido.
Por
uma mão, que te levantou no degrau mais difícil.
É
por ela que você venceu.
Apenas
por ela.
Lays Caminha
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