terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Quando deixamos de ver o mundo pelos olhos de uma criança?




Já repararam que as crianças, até certa idade, não conseguem compreender o tempo? Eles não sabem a diferença entre um minuto ou uma hora, eles apenas aproveitam o que estão a viver.

Passamos tantos dias pensando em coisas que deixamos de viver ou situações que deveriam ter sido, mas não foram. 
Sofremos por antecipação pensando desesperadamente sobre um futuro remoto, quem sabe por necessidade de sermos controladores de uma vida que não se pode prever, quiçá controlar.

Quando foi a última vez que dançou sem música pelo simples prazer de dançar?
Quando se permitiu tomar banho de chuva em uma tarde ensolarada, apenas para sentir as gotas refrescarem sua alma?
Qual foi a última vez que beijou alguém sem pudor. Daqueles beijos molhados de cinema, que roubam o fôlego e carregam consigo um pouco do seu coração?

Acho que estamos nos aprisionando em jaulas de pudores, enquanto nossa alma grita pela leveza dos amores da infância perdida, sobretudo aqueles que não foram vividos, apenas sonhados.
Talvez a criança que foi um dia, não se alegre com o adulto que se tornou. Já parou para pensar nisso? Eu já.

Analisando a adulta que me tornei, percebo que nunca, sem exageros, nunca consegui relaxar. Nunca me permiti viver intensamente cada segundo como se fosse o último, sempre preocupada com o dia de amanhã, ou com o dia que se foi, mas nunca com o agora.
Não quero dizer que a felicidade está em inconsequências, mas por que não em plenitude? Viver plenamente cada dia, com calma, sem pressa de acabar, mas apenas sugar seu 100% enquanto a noite não vem.


Então vamos VIVER.  Viver cada dia como um dia pleno. Uma oportunidade de fazer a vida boa. Uma nova chance de dizer eu te amo ou abraçar a quem se quer bem. Que cada dia seja uma chance para ousar, recomeçar, recriar a própria vida.

Tente apenas...VIVER.
Aqui estou eu, às portas da casa dos 30, tentando, sempre tentando.






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