sexta-feira, 8 de março de 2019

Enquanto caminho...



Sabe aquele momento em você sente que precisa dizer alguma coisa, mas as palavras não saem?
Estou sentada, olhando para a tela em branco, tentando entender meu coração em mais um momento de transição da minha não tão longa vida.

Antes, na infância, meus questionamentos não eram tão profundos nem duravam uma eternidade. A doce menina de olhos verdes só sonhava em viver em um conto de fadas. Os dilemas eram simples como qual brincadeira escolher ou lanche a ser realizado.
Conforme o tempo foi passando as dúvidas, inquietações e frustrações foram ganhando espaço e se alojando ao lado da adolescência. Andavam em comboio com os hormônios. Daí eram lágrimas e reclamações até perder de vista.

Com a idade adulta, pen sei que finalmente estaria livre e que saberia exatamente o que fazer da minha vida. Pensava que aos 30 estaria estabilizada em uma carreira dos sonhos, com uma casa de novela e quem sabe já teria viajado meio mundo ao lado do meu príncipe encantado.

Pois é. Cá estou, depois de décima frustração, tentando catar os cacos e reconstruir meu castelo novamente. Pelo menos meu príncipe, ou melhor, o lindo homem real está ao meu lado, e só tenho motivos para agradecer a pessoa maravilhosa que divide a vida comigo.
Mesmo assim eu sinto que aquela menina de olhos verdes ainda puxa a barra da minha saia querendo saber como será daqui pra frente. Sempre cobrando o sucesso, as conquistas, a felicidade e plenitude da vida adulta.

Quando não se sabe o que fazer, o que podemos fazer?
Eu sinceramente esperava chegar aos 30 com certa relevância na sociedade. Esperava reconhecimento, bem-estar, autoestima acima da média, enfim, tudo em seu devido lugar em com as proporções adequadas. Será que sou a única a pensar assim? Ao mesmo tempo olho minha vida e vejo o quanto sou abençoada, e essa eterna balança de emoções me deixa exausta.

Sei que Deus me chamou para um propósito, mas o real caminho e como se dará esse desígnio me gera o mal da ansiedade. E novamente chega em minha mente cansada de pensar a seguinte questão: o que fazer enquanto estou esperando?

Davi foi ungido Rei de Israel quando era apenas um menino. Até chegar definitivamente ao trono, o que será que fez, o tal menino ruivo? Será que sua mente pensava como a minha? Será que Davi, o homem segundo o coração de Deus se sentiu um inútil? Ansioso? Frustrado?

Como é difícil o tempo de espera. Como é difícil entender o processo de crescimento. Como é difícil.
Não sei se responderei as expectativas da doce menina de olhos verdes. Não tenho castelos, não me tornei a mulher de negócios bem-sucedida e com autoestima elevada.
Não me tornei muita coisa que havia sonhado. Ainda.
 Bem, o resultado da minha vida, só o tempo dirá. Enquanto estou no processo, faço como Davi, e clamo a Deus. Conto a Ele minhas frustrações, meus anseios, e coloco em seu peito minhas lágrimas cansadas.

“Estou quase desfalecido, aguardando a tua salvação, mas na tua palavra coloquei a esperança.
Os meus olhos fraquejam de tanto esperar pela tua promessa, e pergunto: "Quando me consolarás? "
Embora eu seja como uma vasilha inútil, não me esqueço dos teus decretos.”

Salmos 119:81-83
Enquanto eu caminho... Oro. 
Sei que Ele está ouvindo.



terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Quando deixamos de ver o mundo pelos olhos de uma criança?




Já repararam que as crianças, até certa idade, não conseguem compreender o tempo? Eles não sabem a diferença entre um minuto ou uma hora, eles apenas aproveitam o que estão a viver.

Passamos tantos dias pensando em coisas que deixamos de viver ou situações que deveriam ter sido, mas não foram. 
Sofremos por antecipação pensando desesperadamente sobre um futuro remoto, quem sabe por necessidade de sermos controladores de uma vida que não se pode prever, quiçá controlar.

Quando foi a última vez que dançou sem música pelo simples prazer de dançar?
Quando se permitiu tomar banho de chuva em uma tarde ensolarada, apenas para sentir as gotas refrescarem sua alma?
Qual foi a última vez que beijou alguém sem pudor. Daqueles beijos molhados de cinema, que roubam o fôlego e carregam consigo um pouco do seu coração?

Acho que estamos nos aprisionando em jaulas de pudores, enquanto nossa alma grita pela leveza dos amores da infância perdida, sobretudo aqueles que não foram vividos, apenas sonhados.
Talvez a criança que foi um dia, não se alegre com o adulto que se tornou. Já parou para pensar nisso? Eu já.

Analisando a adulta que me tornei, percebo que nunca, sem exageros, nunca consegui relaxar. Nunca me permiti viver intensamente cada segundo como se fosse o último, sempre preocupada com o dia de amanhã, ou com o dia que se foi, mas nunca com o agora.
Não quero dizer que a felicidade está em inconsequências, mas por que não em plenitude? Viver plenamente cada dia, com calma, sem pressa de acabar, mas apenas sugar seu 100% enquanto a noite não vem.


Então vamos VIVER.  Viver cada dia como um dia pleno. Uma oportunidade de fazer a vida boa. Uma nova chance de dizer eu te amo ou abraçar a quem se quer bem. Que cada dia seja uma chance para ousar, recomeçar, recriar a própria vida.

Tente apenas...VIVER.
Aqui estou eu, às portas da casa dos 30, tentando, sempre tentando.






quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Ônibus 29: Parada obrigatória



Oi motorista. Cumprimento-o, porém meus olhos permanecem fixos ao lado que vejo do lado fora.
Oi, minha filha. Apreciando a vista? Perguntou-me. Sou voz era tão mansa, acolhedora diria.
— Estou. Que lugar bonito.
Verdade. Passo por aqui todos os dias, mas não canso de olhar.
Seguro-me no ferro de apoio ao passar por uma curva fechada, e decido sentar-me no primeiro banco que está vazio.
Sabe dizer se falta muito para chegarmos ao destino?
Vou fazer a primeira parada agora. Depois, bem... Ponderou. — O tempo da viagem é uma questão de perspectiva.

Meu coração se apressa em saltar dentro do peito ao ver a parada de ônibus se aproximando. Todos os passageiros se aprontam e descer para esticar as pernas, beber água ou usar o banheiro, menos eu. Após a última pessoa deixar o veículo, pego minhas coisas e desço, querendo realmente algo quente para comer e beber. O vento gelado da estação me recepciona, deixando meu corpo em arrepios. Fecho o zíper do meu casaco e entro na pequena loja de conveniências. O calor de seu interior contrasta com a temperatura de fora, e posso até dizer que sentiria um leve abafamento em alguns minutos.

Sento-me sozinha próxima ao balcão principal. Folheio o cardápio e vejo que nada é comum aos meus hábitos alimentares. Cada nome, cada ingrediente é tão estranho, que diria estar sentada em uma lanchonete de outro país. Peço um café com açúcar e leite e opto pelo que está na vitrine giratória que se assemelha a um croissant.
Uma golada.
Sinto o café descer quente pela garganta. Que sensação prazerosa!

O atendente sorri a me ver fechar os olhos e me deleitar sobre um simples café com leite. Um senhor de meia idade, simpático e com olhar meigo.
Outra golada, dessa vez acompanhada de uma mordida generosa no salgado aparentemente morno.
— Queijo... Sussurro feliz por não me surpreender com recheios exóticos. O senhor começa a limpar o balcão, sem deixar de me observar comendo. — Como eu amo queijo. Falei.
— Eu sei. Disse o senhor.
— Como você sabe? Perguntei assustada. — Eu não disse nada antes.
— Sei tudo sobre você, minha filha.
— Desculpe, mas não entendi.

Ele sorri e se afasta e segue até a cozinha. Olho em volta e percebo que outras pessoas parecem tão felizes quanto eu ao saborear seus pratos. Eles fecham os olhos e mordem avidamente seus sanduiches ou apressam-se a terminar suas porções e caldos. Termino meu lanche, levanto e vou ao banheiro. O perfume que me recepciona indica a limpeza do lugar, algo inusitado para uma parada de ônibus. Lavo o rosto e as mãos após usar o banheiro e volto ao salão principal.
Estranheza.
O local vazio me assusta. 
Olha em volta e não vejo ninguém, como se não estivesse cheio há poucos minutos atrás. Saio pela porta de vidro em busca do Ônibus 29, e confirmo minhas suspeitas.
Fui deixada para trás.

(Continua)


segunda-feira, 16 de julho de 2018

Como saber que chegou a hora de parar?



Andando de um lado para outro, sem saber ao certo como resolver tal questão, Deus me trouxe a essa reflexão. Quando saber que é hora de parar tudo e voltar ao início de tudo? Quando chega a hora de dizer: — Ok, Senhor, eu não sei, faça seu querer, por favor!

Cresci em um ambiente de fé. Vi milagres acontecerem todos os dias dentro da minha casa e próximo a mim, com amigos e familiares. Não foi falta de confiança que levantou essa questão, pelo contrário, foi a tal da ansiedade. Segundo o Dr. Augusto Cury, nunca se viu uma geração tão doente emocionalmente falando, e infelizmente fazemos parte dessa estatística.
Quem nunca acordou com vontade de jogar tudo para o alto e voltar a dormir? Quem nunca foi dormir e demorou horas para pegar no sono, pois a mente não parava de pensar nas milhões de coisas do dia seguinte?
O ponto principal da minha angústia não foi a rotina em si, com seus inúmeros agentes estressores, isso é até normal – por pior que seja. A cobrança é que me torna ansiosa, estressada e com o pensamento acelerado. Não falo de cobrança externa, mas aquela voz chata - e aguda - que mora na minha mente e sempre diz que posso ser melhor, que o que faço está errado, ou que aquele problema precisa ser resolvido para ontem, ou haverá a terceira guerra mundial – pelo menos no meu cérebro.

Como pessoa temente a Deus, surge logo em minha mente atolada de coisas a seguinte passagem:

“Sendo assim, humilhai-vos sob a poderosa mão de Deus, para que Ele vos exalte no tempo certo, lançando sobre Ele toda a vossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de vós! ” (1 Pedro 5: 6-7).

Mas como “lançar” realmente toda minha ansiedade sobre Jesus? Como pegar aquela mochila entulhada de problemas que parecem se acumular dia após dia sobre meus ombros? Como esvaziar a carga que muitas vezes não é minha?

“Então, dirigindo-se aos seus discípulos, Jesus os exortou: “Portanto, vos afirmo: não andeis preocupados com a vossa própria vida, quanto ao que haveis de comer, nem muito menos com o vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Porquanto a vida é mais preciosa do que o alimento, e o corpo, mais importante do que as roupas. Observai os corvos, os quais não semeiam, nem ceifam, não possuem armazéns nem celeiros; contudo, Deus os alimenta. Quanto mais valeis vós do que as aves! Quem de vós, por mais ansioso que possa estar, é capaz de prolongar, por um pouco que seja, a duração da sua vida? Considerando que vós não podeis fazer nada em relação às pequenas coisas da vida, por que vos preocupais com todas as outras? Olhai as flores do campo; elas não fiam, nem tecem. Eu, todavia, vos asseguro que nem mesmo Salomão, em todo o seu esplendor, pôde se vestir como uma delas. Ora, se Deus veste assim uma simples erva do campo, que hoje vive e amanhã é lançada ao fogo, muito mais dará a vós, vestindo-vos de glória, homens fracos na fé! Não procurareis, pois, ansiosamente, o que haveis de comer ou beber; não empenhareis o vosso coração nessas preocupações. Porquanto o mundo pagão é que peleja por essas coisas; entretanto, o vosso Pai sabe perfeitamente que as necessitais. Buscai, pois, em primeiro lugar, o Reino de Deus, e todas as demais coisas vos serão providenciadas. Nada temais, pequeno rebanho, pois de bom grado o Pai vos concedeu o seu Reino. ” (Lucas 12: 22-31)

Procurando analisar tudo que sou e tudo que tenho, posso afirmar que nada aconteceu sem a mão de Deus. Nada que me veio a mesa para comer foi pelos meus braços, nenhuma conta paga foi acertada pelo dinheiro do meu bolso, nenhuma porta foi aberta pelas minhas mãos. Se tudo veio do Senhor, por que cargas d’água eu quero resolver SOZINHA todos os problemas?

Eu aprendo a cada dia que a oração não é o último recurso, como temos mania de falar:   — Só nos resta orar. Não, a oração precisa ser nossa primeira opção, nossa única saída. É através dela que aliviamos nossa bagagem e passamos para o Dono de nossas vidas aquilo que nos faz sentir medo, dor e angustia. Quando descubro que sou apenas um mordomo de tudo que me é dado por deus, e apenas tenho que confiar e administrar da forma que deus me instruir, deixo a ansiedade para trás e passo a viver o sobrenatural todos os dias.

Quando olho para a vida e entendo que Deus continua sendo Deus, no controle de tudo eu posso respirar, sabendo que não tenho necessidade de assumir tudo, apenas aquilo que o Pai irá me dar para trabalhar. Buscando primeiro as coisas do alto, eu posso confiar que tudo será resolvido.

“Porque, quando fizeste sinais magníficos, eventos que não esperávamos, desceste, e os montes se abalaram grandemente diante de ti. Desde a antiguidade não se ouviu, nem se percebeu, tampouco escutou-se comentários; nem olho algum sequer vislumbrou outro Deus além de ti, que age em favor daqueles que nele depositam sua esperança. Vens, pois, socorrer aqueles que praticam a justiça com alegria, que se lembram de ti e de tuas orientações. ” (Isaías 64:3-5)

A ideia de carregar o fardo é abandonada e começo a encher meu coração de fé. Meus olhos espirituais são abertos para vislumbrar aquilo que se encontra em 1 Coríntios 2:9

“No entanto, como está escrito: “Olho algum jamais viu, ouvido algum nunca ouviu e mente nenhuma imaginou o que Deus predispôs para aqueles que o amam”.

Então, quando chega a hora certa de parar e clamar? Antes de começar. Antes de sair, ao acordar ou ao dormir. Antes de tomar qualquer atitude, antes de deixar a ansiedade preencher teu coração e tua mente. Antes de ser contaminado pela angústia dos dias maus e pelo pessimismo do ser humano sem fé. Antes, e apenas antes, confie e lance sobre o Teu Pai que te formou, todas as suas questões.

Se você, assim como eu, passou anos vendo as coisas de forma errada, olhando a vida como um fardo pesado, cheio de preocupações e criticando centímetro por centímetro em busca de perfeição - que humanamente não existe - essa mensagem é para você.
O que fiz depois de andar pelo quarto de um lado para outro, perdendo tempo tentando achar soluções? Eu fiz o que deveria ter feito ANTES. Eu OREI. E como Paulo eu reconheci:

“E, para que me não exaltasse demais pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de que eu não me exalte demais; acerca do qual três vezes roguei ao Senhor que o afastasse de mim; e ele me disse: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. Por isso, de boa vontade antes me gloriarei nas minhas fraquezas, a fim de que repouse sobre mim o poder de Cristo. Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco, então é que sou forte. ” (2 Coríntios 12:7-10).


Lays Caminha

*Postagem original publicada no Blog EMC

Estrangeiros


Depois de um longo dia de trabalho e estudo tirei meus sapatos e toquei o piso frio. Primeiro pus os dedos, um a um, depois pousando lentamente a planta fui absorvendo a sensação de liberdade que os pés descalços proporcionam. Tomei um demorado banho relaxante e coloquei aquele surrado pijama de algodão, que de tão usado, já possui a forma estrutural do meu corpo, porém com a mesma habilidade de me fazer sentir aconchegada depois de um dia exaustivo. Puxei o edredom e desforrei a cama com menos calma que antes, ansiando por deitar-me naquele ninho convidativo. Afofei os travesseiros e me cobri quase que por completo, deixando os braços livres. Liguei a tv em um canal qualquer, para que finalmente não tivesse que pensar em nada, apenas pudesse esvaziar a mente sem esforço algum. Trocando de canal, algo me prendeu quase que por completo, digo quase pois após alguns minutos de pura observação um sentimento estranho tomou conta de mim, e acabei optando por desligar a televisão.
O programa apresentava cenas da vida, como se estivessem acontecendo de verdade. Nele, os atores representavam situações corriqueiras e suas consequências. Uma mulher da minha idade, vivendo sua vida e acaba morrendo na flor da idade, em um acidente mais comum ainda. Não sei explicar qual o real motivo da minha angústia ao ver algo habitual como este, mas meu peito ficou apertado por um ou dois dias, o que me fez parar tudo e orar. Depois de um tempo refletindo consegui entender o que me angustiou e me afligiu quando pensei sobre a morte: estava APEGADA a vida terrena.
Você já parou pra pensar na sensação que tem ao ouvir falar da morte? E quando te falam: Jesus está voltando? Já parou para analisar o primeiro pensamento, aquele profundo que ninguém alcança? Eu me preocupei, pois como alguém que foi criada em meio ao evangelho e aceitou Jesus bem cedo, não deveria ter tais pensamentos. Como mudar algo tão complexo? O que me intriga é que ao mesmo tempo que anseio pelo céu, o medo e a estranha sensação de falar sobre sair dessa vida causa-me certo desconforto, e até pouco tempo atrás, arrepios.
A verdade é que fomos acostumado a sermos AFEIÇOADOS a esta vida, mas não deveríamos. Em João 17:13-19 Jesus diz:

"Agora vou para ti, mas digo estas coisas enquanto ainda estou no mundo, para que eles tenham a plenitude da minha alegria.
Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, pois eles não são do mundo, como eu também não sou.
Não rogo que os tires do mundo, mas que os protejas do Maligno.
Eles não são do mundo, como eu também não sou.
Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.
Assim como me enviaste ao mundo, eu os enviei ao mundo.
Em favor deles eu me santifico, para que também eles sejam santificados pela verdade”.

Não somos daqui. Somos como estrangeiros que vivem em terras distantes trabalhando como embaixadores em favor de divulgar seu país de origem, pois aqueles que aceitaram a Cristo são cidadãos do céu, como diz o apóstolo Paulo em Filipenses 3:20:

“A nossa cidadania, porém, está nos céus, de onde esperamos ansiosamente um Salvador, o Senhor Jesus Cristo”.

Não podemos ser apegados a essa vida frágil, por mais acostumados que possamos estar. Nascemos como mortais e pecadores neste lugar de passagem, mas a busca pelo céu deve ser nossa motivação. Acredito que tal apego se deve a rotina, e ao fato de não conhecer mais nada além dessa vida. Conhecemos o que ouvimos, vemos e vivenciamos, talvez este seja o ponto crucial: Precisamos viver Cristo. Precisamos viver o Céu.
Em 1 João 2:15-17

“Não amem o mundo nem o que nele há. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele.
Pois tudo o que há no mundo — a cobiça da carne, a cobiça dos olhos e a ostentação dos bens — não provém do Pai, mas do mundo.
O mundo e a sua cobiça passam, mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre”.

Qual tem sido sua real motivação de vida? Não falo que fazer planos como casar, ter filhos ou construir uma carreira devem ser descartados, mas que possamos entender que isto é apenas algo passageiro, e que nosso amor, nosso apego e pensamento mais profundo deve sempre estar nas coisas do céu, pois será nossa morada eterna.

“Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus. Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra; porque morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus.” (Colossenses 3.1-3)

Depois de refletir, ponderar, eu pedi a Deus que tirasse tudo que pudesse ser obstáculo entre este desejo de viver a eternidade e minha passageira vida na Terra.
Em 1 João 4:18 diz:

“No amor não há medo; pelo contrário o perfeito amor expulsa o medo, porque o medo supõe castigo. Aquele que tem medo não está aperfeiçoado no amor”.

Minha constante oração é esta, que o amor possa ser o combustível que me guie até o céu. Que Cristo me impulsione a sonhar sonhos eternos e não apenas as efêmeras coisas do mundo. Peço todos os dias que aumente a minha fé, e que me abasteça com os frutos do Espírito para que anseie pelo céu, mais que pelo ar que respiro, pois este sim deve ser nosso real apego.
Terminei ouvindo uma linda e profunda canção da Marcela Taís. Que esta mensagem possa ser tão reflexiva e verdadeira como foi pra mim. E lembrem-se:

"Quanto ao dia e à hora ninguém sabe, nem os anjos no céu, nem o Filho, senão somente o Pai. Fiquem atentos! Vigiem! Vocês não sabem quando virá esse tempo”. (Marcos 13:32,33)


 Voar 
 Marcela Taís
  
Estou longe de casa há tanto tempo
E com o tempo se aprende
Tão inútil é o orgulho
Passageiro é o mundo

E que importância tem os medos
Se serão irrelevantes com o tempo?
Viver é só um ensaio de uma vida eterna
Nesta vida eu nada ganho, meu vazio é do teu tamanho

Eu só queria voar, tudo pra trás deixar
Eu só queria voar, tudo pra trás deixar

Saudade do que nunca vi
Vontade do que nunca senti
Por que pararam de falar do céu?
Estamos pensando muito nesta vida daqui

Você não me deu asas pois sabia
Que aqui eu não iria ficar
Ao conhecer as coisas lá do alto
Pra Terra não sequer mais olhar

Eu só queria voar, tudo pra trás deixar
Eu só queria voar, tudo pra trás deixar

Só você sabe cuidar tão bem de mim
Só você me amará tão bem assim
Só você sabe cuidar tão bem de mim
Só você me amará tão bem assim

Anjos cantem mais alto pra minha alma escutar
Ela veio do Céu e de saudade quer voltar
Anjos cantem mais alto pra minha alma escutar
Ela veio do Céu e de saudade quer voltar

Quer voltar, quer voltar, quer voltar, quer voltar
Quer voar, quer voar, quer voar, quer voar
Quer voar, quer voar, quer voar, quer voar
Quer voar, quer voar, quer voar, quer voltar



Lays Caminha



*Postagem Original  publicada no Bog EMC 

quinta-feira, 5 de julho de 2018

RX



Por que sinto o que sinto?
Eu sinto inveja.
Nossa, que duro admitir. Digo até feio falar que tenho tais sentimentos. Como se em toda humanidade caída, só eu sentisse tal coisa.

Ah, sinto preguiça também! Procrastinar se tornou hábito difícil de perder.
Sinto medo, tenho problemas com autoestima e às vezes minto, nesse caso pra não magoar certas pessoas ou para mudar o pensamento futuro que ela teria, ao ouvir a verdade.

Ual. Eu consigo ser pior do que pensava. Auto depreciação? Não. Consciência de quem sou de verdade, aqui, nua, sem as máscaras que todo dia coloco pra viver em sociedade.
Sobre a inveja. Toda vez que vejo situação A,  eu sinto aperto no peito. Automaticamente vem o pensamento: poxa, gostaria de estar em tal posição,  ou de ter conseguido também.
Quem nunca?

Admitir sentir essas coisas não me torna fraca, me torna consciente. Fico em alerta. Passei a evitar ver a situação A e assim tento me manter equilibrada.  
Procrastinação e preguiça me absorvem desde minha gestação. Só pode! Até tenho tentado mudar, mas como é difícil deixar um hábito.
Sobre a mentira. Não gosto de mentiras. Não suporto. Aí você pergunta! Se não gosta, por qual motivo você mente? Muitos não consideram isso mentira, mas eu minto pra mim mesma. Minto quando deixo de fazer ou falar algo que penso por medo de ser mal interpretada. Minto ao tentar me encaixar em determinado grupo para não me sentir tão sozinha, quando na verdade aquele meio, as pessoas e suas crenças são totalmente diferentes das minhas. Então sim, eu minto.  
Me orgulho?
Não. Luto contra essas coisas todos os dias.

Peço a Deus que me ensine, que corte as arestas e me molde para ser alguém melhor.
Alguém que vença.
Alguém autêntico.
Alguém com mais qualidades e menos defeitos para se queixar.
Acredito que tudo se resume a baixa autoestima nossa de cada dia. Outro probleminha mal resolvido que preciso urgentemente contornar.

Quem aí nunca vivenciou tais situações que atire a primeira pedra…
Quem é você do outro lado do espelho?

quarta-feira, 4 de julho de 2018

Ônibus 29 – As janelas estão abertas


As janelas estão abertas...



Na verdade sempre estiveram, e eu permanecia tão sufocada em meu próprio sofrimento, que não conseguia visualizar a beleza que vinha do lado de fora. 
Depois de tentar me encaixar em tantas rotas, bancos e bilhetes, não poderia imaginar a paz de contemplar a viagem. Simplesmente contemplar. Viajar...

O ônibus 29 passeava pelas estradas como quem apenas vive e não como quem espera ansiosamente a parada final.

Ansiedade.
Esse tal bichinho mentiroso que te captura ao longo da viagem e que tenta a todo custo de desviar da rota. Bem insistente, ele consegue causar dor física se for alimentado corretamente. 

Coloco meus fones e ligo na tal música que me acalenta a alma, como uma coberta de emoções boas que surge logo nas primeiras notas. Escorrego para o banco próximo à janela, que estava vago há tempos, mas os óculos das frustações não me permitia enxergar. Recosto minha cabeça no vidro salpicado pelas gotas de chuva. Aquelas gotículas geladas, que escorrem pelo vidro lentamente, como se dançassem ao som da minha música favorita chamada calmaria.

As curvas da estrada começam a não passar tanto medo, e a velocidade do ônibus em cada uma não me importa mais. Aos poucos eu descubro que já haviam computado o destino da minha passagem, só não tinham me avisado, talvez para que não fosse mordida novamente pelo animalzinho asqueroso da ansiedade. Em resumo, foi apenas proteção.

Parando para pensar eu nunca perguntei tão avidamente quanto nesta turnê. De todas as viagens, os ônibus que peguei e estradas que passei, com certeza essa foi a mais angustiante e duvidosa, pois estava alimentando os monstrinhos sugadores, e não abrindo os olhos e ouvidos para aquilo que o motorista estava avisando. Mas ele estava lá, gritando meu nome. Como fui tola.

A certa altura decido conversar com o condutor. Ele parecia tão tranquilo que podia até ouvir cantarolar uma canção. Desligo a música no celular, mas não de dentro da mente e continuo cantando os acordes finais daquela que mais gosto.
Levanto e sigo até a parte frontal do veículo.
— Oi, motorista.

(Continua...)


quarta-feira, 4 de abril de 2018

Ônibus 29 – Destino: Incerto



Às vezes tenho a sensação de andar em um grande e cheio ônibus de viagem, repleto de passageiros que exibem nas mãos seus bilhetes com destino certo. Eu entro e sento em um banco qualquer, sem saber ao certo qual o meu lugar, talvez com a ideia de tentar me encaixar em qualquer espaço vago naquele veículo que já tem quilometragem acima da média. Eu olho aquele espaço vago e tento me espremer, me esgueirar para olhar pela janela, tentando saber qual a rota seguida pelo motorista. Não consigo descobrir. Cheguei atrasada. Não sentei na janela, na verdade nem sei qual o meu lugar. Não tenho bilhete. Entrei por acaso no ônibus e não sei qual destino seguir. Sou conduzida pela multidão que se aperta entre dos bancos e corredores. Sou induzida a seguir viagem mesmo sem saber para onde ir, muito menos onde desembarcar.

Durante a viagem a sede aperta. Não tenho água. A fome chega e não há sequer um biscoito em minhas mãos. Não tenho bagagem. Não tenho nada. Nem ao menos sei por que motivo entrei no terminal rodoviário e escolhi esse ônibus. Dias depois todos que estão com seus bilhetes se preparam para descer em seus destinos, menos eu, que continuo sem saber o que fazer. Não sei para onde ir e depois de tantas viagens descubro que o endereço de partida está quase se apagando. O que mais me angustia é a sensação ansiosa de não saber qual será a imagem do ponto final. Não saber o local de desembarque e o que fazer após descer do ônibus me causa arrepios. Tento ler nos bilhetes alheios um sinal de familiaridade, mas só encontro coisas que não fazem o menor sentido. Olho novamente o bilhete do colega ao lado e tento me imaginar desembarcando em seu destino. Me imagino andando por aquelas ruas, vendo aquela paisagem, comprando casa, trabalhando e tendo uma vida naquele lugar. Me vejo feliz por um tempo, mas logo depois percebo que não há mais nada além de pura divagação. Minha imaginação mais uma vez me leva a outro destino, muito melhor que o primeiro. Lá o sol brilha mais, há mais cor e sabores inesquecíveis. Me vejo de frente para o mar e a água acariciando os meus pés. O sol esquenta percebo que não sou muito adepta ao verão, e minha pele concorda. Durante o trajeto minha mente se dispersa mais algumas vezes tentando se encaixar em cenários alheios sem obter sucesso.
O que fazer se não se sabe para onde vai? Onde desembarcar, afinal? Gostaria tanto de saber...

(continua...)

terça-feira, 14 de março de 2017

Rotina





Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz;
 no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.
João 16:33


   Despertei naquela manhã, como em todos os dias, sentindo um peso enorme em meus ombros e lombar. Já tinha se tornado um hábito ingerir algum relaxante muscular antes mesmo do dejejum. Sentei na cama, querendo que por meio segundo, todos as tarefas do dia se fizessem sozinhas, para que pudesse ter um único dia de sossego, um dia para cuidar de mim ou quem sabe não cuidar de nada, afinal, dizem as más (ou boas) línguas, que o ócio é tão vital quanto a atividade física para mantermos o corpo em equilíbrio, quiçá a pobre mente abitolada de informações. Alonguei o corpo, ainda sentada sobre a cama e mexi a cabeça de um lado para o outro, ouvindo o crec crec do pescoço me dar o bom dia de sempre. E assim começava mais uma manhã, como qualquer outra, mas para mim era consideravelmente exaustiva.
   Depois de passar o dia envolvida em minhas questões diárias, a noite chegou, e com ela a lembrança que mais um dia se aproximaria, repleto de atividades, responsabilidades e reclamações. Em meio a alguns papeis e recibos, me peguei conversando com Deus sobre minhas angústias, em como aquele fardo parecia pesado demais para meus ombros. Contei-lhe sobre a tristeza que as vezes invade meu sono e não me deixa adormecer, ou me faz dormir demais. Disse-lhe que gostaria, se possível de um pouco de paz, quem sabe até uma pausa dessa rotina tão grande para alguém que (a meu ver) mal saiu das fraldas.
   Em meio ao meu murmúrio ouço uma voz em minha mente me dizer algo que parece frase de caminhão ou aqueles folhetos que entregamos domingo à tarde pelas praças: no mundo vai passar por aflições, mas não desanime, eu venci o mundo. Ei, eu cuido de você, te sustento.  Mesmo exausta, escondida em minhas angústias e frustrações eu sinto aquele abraço apertado de Pai. Aquele carinho gostoso que recebe após chegar chorando da escola quando algo ruim acontece, ou quando fica com medo do escuro. Viver neste mundo requer coragem e uma dose extra de ânimo, pois sabemos que não existe nada fácil. A vida é um ensaio para a vida eterna, e se formos perseverantes em tudo, sejam bons ou maus momentos, a recompensa será muito além. Exercitar os frutos do espírito, os dons e deixar que o mesmo nos guie para o caminho certo, esse é o segredo para que o fardo se torne um pouco mais suportável.
Cristo é a nossa esperança. Ele nos consola, nos orienta, segura em nossa mão e nos ajuda na jornada. Basta correr para seus braços de amor, seja em que momento for, e o verá de braços abertos para receber seu filho e encorajá-lo a seguir em frente.
Experimente...


domingo, 15 de março de 2015

A longa jornada.



Caminhar nunca foi fácil.
No inicio a largada é sempre festiva.
Várias mãos apertam a sua.
Vários sorrisos se juntam ao seu.
Daí, você se vê pleno, cheio de tudo que lhe completa e dá força para começar.
Você anda.
Corre, cheio de fôlego, de esperança.
Tempos depois, os sorrisos já não lhe fazem ganhar energia.
São poucos que ainda te acompanham no torneio. E você sabe como isso magoa.
Saber controlar as emoções e driblar tais contratempos se tornou parte mais importante do jogo, mais até que ganhar o campeonato.
Sobreviver é o troféu.
Às vezes é preciso se afastar. Então você se afasta.
 É preciso jogar água na fogueira, para não atrair os predadores de alma.
Bater a poeira da perna e continuar a caminhada, mesmo que sozinha.
Caminhar...
Depois de muitos quilômetros, quando chegar o momento de pedir água, parar de correr.
Deixar a mochila no canto e se hidratar de tudo que te dá ânimo.
Nem sempre os postos de ajuda são recheados de compassivos.
Muitas vezes, somente em uma mão que encontraremos o apoio para terminar a escalada.
Saber conhecer essa mão é, sobretudo, reconhecer no outro aquela chama que te fez iniciar o trajeto.
E no fim de tudo, quando avistar a bandeira no alto, dançando ao vento sudoeste.
No fim de tudo, quando a chuva lhe recepcionar na chegada, com um beijo gelado de amor.
E no fim de tudo, quando terminar sua jornada e alcançar seu objetivo, saberá a quem agradecer.
Saberá a quem abraçar.
Saberá dividir os louros da vitória, e toda jornada terá valido.
Por uma mão, que te levantou no degrau mais difícil.
É por ela que você venceu.

Apenas por ela.
Lays Caminha




segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

O meu primeiro Livro.


   Então é assim que acontece na vida de alguns: Uma desconhecida acorda e depois de várias crises existenciais assistindo comedias românticas e varejando dezenas de Romances na parede, totalmente afogada com as próprias lágrimas (Exagero porque eu sou dramática) decide acabar com esse excesso de emoções que a fazem transbordam e talvez adquirir um pouco de controle emocional pra si ( o que creio ser impossível). Como fazer isso? Como tentar se esvaziar de tanta coisa, tanta briga, tanto amor, tanta gente e tanto mundo que dançam Salsa em sua cabeça? 
   Desde criança procurei encontrar algo que me levasse a um lugar confortável dentro de mim. Deu pra entender? Vou explicar. Todo mundo em algum momento se sente cansado da mesmice, ou triste por diversos motivos, querendo ter um lugar para se estar só, e assim poder refletir, ou como eu gosto de dizer, remoer coisas inúteis que o coração fabrica em momentos nada agradáveis. Em um desses momentos,(não me lembro ao certo em que época começaram essas reflexões, mas meu palpite se chama Puberdade) percebi que ler,ouvir ou ver histórias me acalmavam. Ainda  bem criança, quando não sabia ler, minha mãe criava, lia e repetia diversas histórias para que pudesse sonhar feliz. Ao aprender a combinar as palavrinhas recorri aos gibis, atrativos e divertidos, até que chegasse ao meu primeiro livro inteiro de cinquenta páginas. Fiquei orgulhosa ao ganhar nota máxima no projeto literário diversas vezes aos longos dos anos...ai ai.
    Os minutos e horas que "perdia" agarrada em algum livro eram os mais leves, e assim, ao notar que um filme e uma novela tinham apenas 70% por cento dessa leveza que ansiava ( amo novelas, séries e filmes...mas livros ficam no topo da lista, por isso não me batam) meu cérebro fez o tal estalo que muitos só percebem aos 30 : É isso que quero fazer. Criar histórias. 
Ao longo dos anos me perdi novamente nessa confusão de vida que amo tanto ( chamo isso de Adolescência) e deixei a criação de lado, mas sabendo que seria apenas para que pudesse adquirir todo material que pudesse. Cresci, arrumei namorados, amigas, marido. Estudei,me formei, trabalhei e li muiiiiiiitos livros ( e continuo lendo, vício eterno e sem direito a Reabilitação). Essa sou eu. Esses foram alguns motivos que me levaram ao fantástico mundo das letras (Ufah. Acho que não aprendi a resumir).
 Mas, continuando, após um grande período de silêncio decidi que essa leveza precisava ser passada à outros, e porque não em papel e capa dura? Então ao fim da faculdade me dediquei a essa coisinha fofa que tomou dez meses ou mais do meu tempo, mas completou meu coração. 
"Enquanto Houver Estrelas" é o meu primeiro Romance. Estou orgulhosa, com medo, apaixonada, assustada e imensamente confiante em relação a este primeiro baby. Mais pra frente postarei mais detalhes do livro e sua playlist, porque todo escritor seleciona uma ao escrever, mas nem todos divulgam. Como música é vida, não privarei ninguém da trilha sonora desse "Romance Moderno a Moda Antiga". 
Criei este blog para dividir com vocês tudo que mais amo e um pouco de mim, essa estranha desconhecida que quer ganhar o corações de vocês através das palavras.
Aguardem novidades e o lançamento de Enquanto Houver Estrelas.

Lays Caminha


Enquanto escrevia, ouvia :